terça-feira, 21 de agosto de 2012

Músicas Irritantes



O Brasil tem se tornado um ótimo exemplo de ignorância, produzindo músicas sem conteúdo e sem inteligência. Foi-se o tempo que músicas significavam representação de sentimentos ou de pensamentos. Como exemplo, até dá para lembrar do cantor Gabriel, O Pensador que, bem ou mal, escrevia letras de músicas que nos faziam pensar, com eloquência e consistência.

As músicas de hoje, como disse a jornalista Renata Martins, viraram sílabas em vez de palavras e frases. Essas músicas vêm de artistas que, infelizmente, influenciam o sistema através dos meios de comunicação como a TV, o rádio, os CDs em lojas e na internet, e outros. E o pior é que tudo isso é alimentado pela massa "consumidora de porcarias", formada pela maioria da população brasileira. E o pior de tudo é que grande parte dessa massa são jovens e adolescentes.

Os jovens que aplaudem e cantam tais músicas (como Tche, tcherêrê, tche, tche... ou Eu quero tchu, eu quero tchá ) e outras novas que vão surgindo (como o novo Parapapá, apresentada no programa Fantástico do último domingo) se mostram tão ignorantes e sem inteligência quanto seus autores. Essa falta de conteúdo  cauteriza suas mentes e confirma o que o Brasil, infelizmente, já é: um país que não valoriza a Cultura.

Se a juventude pensasse mais no que canta e fala, acredito piamente que o momento que passamos seria diferente. Como me disse um professor no Conservatório de Música, onde eu fazia História da Música, em Florianópolis, as músicas que ouvimos e cantamos interfere em nosso comportamento ao ponto de dizer quem somos. Ainda na mesma época ouvi da minha professora de Teoria Musical, na Academia da Música Moderna, que certo presidente uma vez falou: um país é o que nele se canta e o que nele se ouve musicalmente.

Não precisamos de uma juventude retardada ou facilmente influenciada, precisamos de uma juventude que pense, apenas isso, já seria um bom começo, mas se nem isso conseguem fazer...

Jovem, faça sua parte. Seja inteligente e não burro.